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    60 anos – Bodas de Diamante

    Bodas de Diamante

    Hoje, 10 de março de 2020, a ASPACO – Associação Paulista de Criadores de Ovinos completa 60 anos de sua formação. Bodas de Diamante.

    São mais de 60 anos em que buscamos contribuir com a atividade da ovinocultura, crescemos e nos desenvolvemos junto com o setor. Não existe a história da ovinocultura paulista sem a ASPACO e vice-versa. Nossas histórias se confundem e se construíram juntas.

    Juntas com pessoas que sempre acreditaram e acreditam na ovinocultura. Afinal, para construirmos algo sólido, temos que ter a ajuda e auxílio de pessoas.

    Os trabalhos realizados pela ASPACO na ovinocultura paulista, muitos deles pioneiros, são reconhecidos em todo o país. A sincronia de suas ações com as de outras instituições, como centros de pesquisa, universidades, indústria e comércio exemplificam que a atividade depende de vários segmentos, onde cada um cumpre o seu propósito. O da ASPACO, “FOMENTAR A ATIVIDADE DE OVINOCULTURA NO ESTADO DE SÃO PAULO SENDO UM AGENTE FUNDAMENTAL NA CADEIA PRODUTIVA” tem sido seguido fielmente.

    Obrigado a todos e a todas que de alguma forma fizeram parte de nossa história.

    Francisco Manoel Nogueira Fernandes

    Presidente

    Um pouco da nossa História

    “De acordo com a ata de fundação, lavrada em 10 de março de 1.960, fica constituída como sociedade civil a Associação Paulista de Ovinocultores”. Sob o comando de Aluísio Foz, então Presidente nos anos 60, a entidade teve sua sede estabelecida no Parque da Água Branca, na cidade de São Paulo. Iniciou-se um pequeno trabalho de estímulo à criação de ovinos e de informações aos pequenos criadores, mesmo com a inexpressiva importância da atividade no cenário rural.

    Em 24 de março de 1964 a associação passou a ser chamada de Associação Paulista de Criadores de Ovinos – ASPACO, com estatuto social registrado em cartório.

    De 1964 a 1970, graças aos esforços da Secretaria da Agricultura, a entidade foi mais atuante. Além dos serviços de orientação prestados pelo Instituto de Zootecnia de Itapetininga, o Governo do Estado disponibilizou equipamentos que foram utilizados na tosquia anual dos rebanhos. A lã, estocada no Parque da Água Branca, era classificada e comercializada, oferecendo modesta, mas significativa receita aos produtores.

    No último ano de atuação da ASPACO após 1970, a Secretaria Estadual de Agricultura, mudando suas diretrizes de trabalho, deixou de apoiar a associação, remanejando seus técnicos para outros setores. Este fato aliado à falta de tradição e experiência, fez com que a ovinocultura sucumbisse.

    Já na década de 80, com a ideia de lançar uma ovinocultura moderna e eficiente, que realmente se tornasse uma atividade de significância no Estado de São Paulo, Prof. Edson Ramos de Siqueira, Engenheiro Agrônomo do Departamento de Produção Animal da FMVZ – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP de Botucatu – reuniu alguns produtores da região e conscientizou-os de que a ASPACO deveria ser reativada. Entre esses poucos produtores que apoiaram totalmente a proposta, estava o jovem Zootecnista Francisco M. N. Fernandes que depois veio a se tornar o líder da entidade e o maior incentivador da ovinocultura em São Paulo. Em 09 de novembro de 1984 tomou posse, para o biênio 1984 – 1986, a diretoria da ASPACO presidida por Orlando Prucoli, pesquisador do Instituto de Zootecnia, também presente no apogeu da ovinocultura na sua formação inicial. A história da ASPACO e da ovinocultura paulista se mistura à história de Orlando Prucoli.

    Em 1986, Francisco Fernandes assume o comando da associação. Mesmo mantendo a sala sede da ASPACO em São Paulo, no Parque da Água Branca, um escritório operacional foi montado em São Manuel. Foi importante o apoio da CAFENOEL – Cooperativa dos Cafeicultores de São Manuel ao ceder suas dependências.

    Ainda no primeiro mandato de Francisco Fernandes, dois episódios marcaram a história da ASPACO: o reconhecimento pelo Ministério da Agricultura e a criação da EXPOVELHA. Com o reconhecimento acima citado, a ASPACO, sob o comando da ARCO – Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, fica autorizada, através de seus inspetores técnicos, a realizar as inspeções e controles do Serviço de Registro Genealógico de Ovinos – S.R.G.O. em São Paulo.

    Em 1988 a ASPACO realiza, no pátio da CAFENOEL, em São Manuel, a I EXPOVELHA – Feira e Exposição de Ovinos no Estado de São Paulo. Este evento, especializado em ovinos, foi um dos únicos no país até meados da década de 90 e tornou-se uma das mais importantes feiras do setor. A Expovelha é realizada até hoje graças à parceria com a Associação Rural de Lençóis Paulista, cidade sede atual.

    Em 1991, com uma mudança estatutária, a ASPACO passa a ter sua sede reconhecida em São Manuel, dentro da CAFENOEL.

    Ao assumir a Diretoria Técnica, Francisco passa a presidência para Paulo Pellicci, grande criador em São Manuel e um dos pioneiros na reativação da associação. Dirigiu a ASPACO no biênio 1992 – 1994.

    Em 1995 Francisco reassume a ASPACO. Em novembro deste mesmo ano, a ASPACO deixa as dependências da CAFENOEL e monta seu escritório no centro da cidade. Este ano também marca a última EXPOVELHA em São Manuel. A partir de então, ela passa a ser realizada no “Recinto José de Oliveira Prado” em Lençóis Paulista.

    Em dezembro de 1999, a ASPACO passa a ocupar e funcionar junto ao entreposto de carne, construído dentro do Programa de Ovinocultura lançado em 1998 pela Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, sob o comando do Dr. João Carlos de Souza Meirelles. Participação fundamental nesta passagem teve a Prefeitura de São Manuel, com o Prefeito Celso Luizetto, que cedeu o espaço e ajudou na construção da obra.

    Em 2003, Luis Henrique Fernandes, zootecnista e criador de Tupi Paulista, aceita o convite de Francisco Fernandes para assumir a ASPACO. Por questões particulares, no entanto, Luis Henrique deixa a ASPACO em 2004. Assume, então, o Vice-Presidente Arnaldo dos Santos Vieira Filho, que por seu reconhecido trabalho na ASPACO, levou-o a fazer parte da Câmara Setorial Nacional de Caprinos e Ovinos desde 2005, presidir a Câmara Setorial Estadual desde a sua instalação em dezembro de 2006 e a ocupar a posição de 2° Vice-Presidente da ARCO – Associação Brasileira de Criadores de Ovinos no mandato em execução. Mantém-se Presidente da ASPACO, reeleito até 2013. Bruno Garcia toma posse em 2013 e permanece até em 2017. Francisco Fernandes volta a presidência em 2017, reeleito em mais um mandato previsto para até 2021.

    Desde a sua formação e, principalmente, depois de sua reativação em 1984, a ASPACO tem participado de projetos e programas com o intuito de valorizar a produção, melhorar a renda proveniente da atividade, escoar a produção e atender os elos da cadeia para que ela se organize. Podemos citar como exemplos destas ações os programas “Lã Seleta” e de “Classificação de Carcaças” desenvolvidos nos anos 80 em parceria com a FMVZ-UNESP/Botucatu e CAFENOEL. Também realizamos cursos para cortes de carcaça, e fomos pioneiros na venda em supermercados de bandejas de 2,5 kg, incentivando, assim, o consumo de carne ovina.

    Já em 2005, uma parceria com o SENAR criou o Programa de Capacitação na Ovinocultura, para formação e treinamento da mão-de-obra.

    Uma das iniciativas mais importantes realizadas pela ASPACO e vários patrocinadores se relaciona aos concursos de carcaças e Campeonato Cordeiro Paulista, realizado por vários anos com a parceria do NCO de Araçatuba, sob o comando do Professor Med. Vet. Luiz Claudio Nogueira, nas dependências do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp, em Araçatuba. Se baseando no desempenho dos cordeiros em confinamento e na avaliação posterior de suas carcaças, este torneio se tornou referência no estímulo aos produtores comerciais.

    Lutar por melhores condições para aumentar e garantir a produção, também, é meta da ASPACO. Implantado com grande sucesso, os programas de expansão da ovinocultura, contando com linhas de crédito do Governo Estadual aos pequenos e médios produtores, tiveram participação ativa da associação. O primeiro programa desta linha contou com o FEAP, Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, que, além de gerar recursos para o aumento dos rebanhos ovinos, disponibilizou recursos para a construção do entreposto de carne ovina da ASPACO na cidade de São Manuel, em parceria com a Prefeitura local. Atualmente a associação está sediada neste prédio.